quinta-feira, abril 20, 2006

As estrelas brilham,
A lua ilumina.
Bailoçando como um anjo,
Sopro palavras daqui de cima.
Palavras que te cheguem ao ouvido,
Como um sussuro
Que te toque os sentidos.
Vejo-te daqui no alto
E sinto-me radiante
Vendo-te sonhar
Nessa paz descomunal.
Esse teu sorriso de felicidade nocturna
Me enamora, me conforta.
Canto para ti,
Mas não me ouves...
Contudo,
Aguento essa dor...
Flor do meu jardim,
A qual cuido com carinho.
Jasmim,
Que sinto o teu cheirinho.
Dorme em paz
Enquanto sopro para ti baixinho.

Victor Ivo 20-04-2006

quarta-feira, abril 19, 2006

Não encontro palavras certas
Para te escrever linhas e poemas
A pensar em ti.
Sei que quando estou apaixonado
Ou triste, eles saem livremente
Como uma musica alegre que desepeja
As suas notas por cima da clave de sol
Sem dar por mim, já estou a escrever…
Só que não encontro, nem sei onde procurar
Eufemismos,
Para atenuar o sentimento doloroso
Que se me atravessa no peito
Pressentindo a tua existência;
Personificações,
Para te centrar neste universo
De estrelas que conheci;
Pleonasmos,
Para exprimir o mais que muito
Do quanto eu gosto de ti;
Antíteses,
Afirmando, negando, discordando, aceitando
Aquilo que me fazes sentir…
E no meio disso, usar a metáfora
Para fazer um jogo lunar desses sentimentos…
Neste momento não passo
De um poeta ou de um tolo confuso…
Um ser que sabe o que sente,
E que não encontra mais cúmplices
Nas suas palavras para exprimir…
Para te ser o mais sincero…
Afirmando o quanto gosta.
Enfim!
O quanto de adora…

Victor Ivo (29-01-06)

terça-feira, abril 04, 2006

Para ti Pai!

Há momentos na vida,

Há problemas na vida,

Há discussões na vida,

Há desilusões na vida.

Há momentos…

Enfim, são momentos,

Pedaços de história

Que temos para contar…

Sim temos!

Sou eu, e és Tu!

Recordas-te dos primeiros passos que dei?

Aposto que te sentiste um pai babado.

E dos primeiros passos que dei?

Deverias ter pensado

Que ficaria para sempre ao teu lado sentado.

Mas, infelizmente,

O predestino da vida,

Fez me sair do teu aconchegado colo

Onde encontrei outro tipo de apologia.

Os bons, eu contente seguia,

Quanto aos outros…

Fizeram – me bater com a cabeça…

E teve de ser com ela erguida…

Pois só assim encontrei a saída.

Mas tu, sempre aqui

Sem eu te querer ver,

Sabia que olhavas para mim.


Por um lado, foi melhor assim.

Pois a partida da vida

Não dura mais que dias…

Por mais que tentes traçar o meu caminho,

Sou eu que tenho de procurar o meu destino.

Tenho de aprender a errar

Para amanhã ser um primogénito como tu.

Ter as costas de um santo

Para carregar a cruz que construo

Ter lições de vida onde me instruo.

Para ver luz no futuro.

Eu sei, e tu o sabes,

Ambos sabemos quando sentimos o pesar.

Não preciso de me humildar

Quando estou em baixo,

Não preciso de me fazer forte

Quando estou triste.

Sei que o teu forte braço,

Sempre pronto para me abraçar,

E a cruz no meu ombro pousar.

Prontifico-me sempre para te agradar,

Onde por vezes não me entendo onde errei.

Dá-me as tuas palavras quando erro,

Não mas deies quando te sossego.

Agradece-me com o teu olhar,

Pois também entrarão no meu pesar.


Tivemos dias,

Teremos dias,

Dias de discordância,

Dias de felicidade permanecida.

Lá no fundo, somo dois bons amigos

Onde nos esquecemos

Que somos pai, e filho.

Somos parceiros aventureiros.

Olhas para as minhas costas

E eu olho para as tuas

A ti te devo a vida,

Pela cruz que te faço carregar

Pela minha que me aprendes a transportar

Obrigado parceiro!

Obrigado, meu Pai!

Victor Ivo (19-03-2006)