Há momentos na vida,
Há problemas na vida,
Há discussões na vida,
Há desilusões na vida.
Há momentos…
Enfim, são momentos,
Pedaços de história
Que temos para contar…
Sim temos!
Sou eu, e és Tu!
Recordas-te dos primeiros passos que dei?
Aposto que te sentiste um pai babado.
E dos primeiros passos que dei?
Deverias ter pensado
Que ficaria para sempre ao teu lado sentado.
Mas, infelizmente,
O predestino da vida,
Fez me sair do teu aconchegado colo
Onde encontrei outro tipo de apologia.
Os bons, eu contente seguia,
Quanto aos outros…
Fizeram – me bater com a cabeça…
E teve de ser com ela erguida…
Pois só assim encontrei a saída.
Mas tu, sempre aqui
Sem eu te querer ver,
Sabia que olhavas para mim.
Por um lado, foi melhor assim.
Pois a partida da vida
Não dura mais que dias…
Por mais que tentes traçar o meu caminho,
Sou eu que tenho de procurar o meu destino.
Tenho de aprender a errar
Para amanhã ser um primogénito como tu.
Ter as costas de um santo
Para carregar a cruz que construo
Ter lições de vida onde me instruo.
Para ver luz no futuro.
Eu sei, e tu o sabes,
Ambos sabemos quando sentimos o pesar.
Não preciso de me humildar
Quando estou em baixo,
Não preciso de me fazer forte
Quando estou triste.
Sei que o teu forte braço,
Sempre pronto para me abraçar,
E a cruz no meu ombro pousar.
Prontifico-me sempre para te agradar,
Onde por vezes não me entendo onde errei.
Dá-me as tuas palavras quando erro,
Não mas deies quando te sossego.
Agradece-me com o teu olhar,
Pois também entrarão no meu pesar.
Tivemos dias,
Teremos dias,
Dias de discordância,
Dias de felicidade permanecida.
Lá no fundo, somo dois bons amigos
Onde nos esquecemos
Que somos pai, e filho.
Somos parceiros aventureiros.
Olhas para as minhas costas
E eu olho para as tuas
A ti te devo a vida,
Pela cruz que te faço carregar
Pela minha que me aprendes a transportar
Obrigado parceiro!
Obrigado, meu Pai!
Victor Ivo (19-03-2006)