quinta-feira, abril 28, 2005

"Doce olhar que iluminas,
bravura de uma alma que determinas,
que anjo sois výs a solta sem destino?
Nýo tenhais pressa de conduzir o vosso caminho...
Toda a melodia nos faz andar,
a procura desse doce olhar..." (Victor Ivo)

O relógio parou-me a porta
E perguntou-me as horas
Que passei no silencio
A falar com a Adormecida.
Entristecido para ele olhei
E disse-lhe que não fazia sentido.
Pois, ele tinha fugido
Enquanto para ela rezei.
Minha voz entristecida
Se sentia num profundo vazio
De não ter com quem falar
Às horas mortas...
Enraivecido confronto-o
Com todas as minhas palavras
Que se pareciam com laminas
E esgano-lo dizendo:
"Tu és causador da efemeridade
Não há horas para exprimir
Tudo aquilo que me faca sentir,
Não há horas para se dizer a alguém
"Gosto de ti!"
(Victor Ivo 28-04-05)

sexta-feira, abril 22, 2005

Quando se segue um caminho,
É difícil encontrar o seu destino.
Quando andamos sozinhos,
O caminho...
Parece Longiquo e sombrio.
Tudo se enquadra num vazio
Que nos falta preencher.
Mas, com isso temos de viver.
Por vezes, somos distraidos
Com pensamentos tenebrosos
E, seguimos com os nossos
Gritos mudos.
Mas se olharmos para trás,
Afinal, a caminhada já foi grande
E muitos pensam na hora de se deitar...
Que agonia!!!
Enquanto eu tiver força
Para andar,
Nem que seja a gatinhar!
Eu irei por esta estrada fora
Valente e guerreiro.
Sei que nela há muitas encruzilhadas!
Mas serei um bom aventureiro!
Infelizmente, não tenho mapa,
Bússola, e não sou bom carpinteiro.
Mas seja eu bom ou mau
O fim desta estrada vou encontrar.
Para poder deixar um bom futuro
Aos meus proximos caminheiros.
Fortemente acredito que encontrarei
Por esta estrada, a minha derradeira guerreira...
Pois, para chegar onde cheguei
Ela deve ter o mesmo espírito
De aventureira.
E, juntos iremos andar
Até encontrar uma bela cama
Para nos deitar.

Victor Ivo 22-04-05

sábado, abril 02, 2005

Um anjo descaido se sentou
Entristecido fitou e pensou
Caido como as flores de um triste jardim
Pensou que a sua tormenta não teria fim
Com que alegre bondade sobrevive?
Será por sua alma lívida?
Ou por saber que está neste mundo
A cumprir um dever divino?
Terá apenas ele de ensinar
O verbo amar?
Ou a viver em paz?
Alongou-se na sua mais nobre melancolia
A fingir que nunca aqui esteve.
Pobre anjo moribundo
Uma luz alegre e fina
Parou e contemplou.
E, com a sua presença do anjo corou.
Com toda a sua suavidade
O anjo, ela escutou.
A dor dele, ela abafou.
De repente a vida dele mudou
E ele citou:
"Encontrei um motivo para sorrir na minha vida,
Belo anjo que tornastes a ressurreição da minha alma
Pois uma luz como vós não sois apenas luz,
Sois anjo que procura alma parecida
Para que vos possa dar brilho á vossa luz."

Victor Ivo 02-04-05